MEU CONTERRÂNEO PROLIXO
Na minha mocidade (década de 40),
escutei dos mais velhos, a história de um conterrâneo, cuja prolixidade, era de
espantar; não mencionavam seu nome, porém eu o chamarei de Professor Pardal.
Vou procurar reproduzir com falhas de memória, o que contavam: ”Existia em
Natal/RN, um professor que se comunicava mais ou menos assim: ”Filho meu,
ergue-te do leito, onde repousaste por toda a noite, faz a devida higiene
bucal; terminada, arma-te de uma cesta e dirige-te ao Mercado Municipal, lá
encontrarás uma Crioula, vendendo um produto de uma massa amarelada côncavo e
convexo, que os ignorantes chamam de cuscuz. Apossa-te de duas unidades, faz a
devida remuneração e em seguida, retorne ao lar paterno, onde faremos um
repasto gastronômico, no nosso café da manhã.!!! Outra: À época das histórias
em lide, para se transportar para a Praia da Ridinha, o cidadão usava a ponte
Rodo/Ferroviária de Igapó, ou se dirigia ao Cais do Porto, na Ribeira, pegava
uma Canoa ou barca, o transporte. Lá chegando, o nosso Professor, perguntou ao
“comandante da Canoa, que fazia a travessia do Rio Potengí” Atro, quanto cobras
em remuneração ou pecúnia, para me transpor deste Polo àquele Hemisfério? E o
moreno, meio irônico questionou: Que fera? Ao que, o sábio personagem retrucou de
imediato” Atro, se zombas de mim, por ignorância, perdoar-te-ei, se porventura,
zombas da minha alta prosopopéia, dar-te-ei um murro no alto da sinagoga e
lançar-te-ei ao solo pátrio, jorrando aquele líquido vermelho e viscoso, que os
que ignoram, chamam de sangue.!!! Baixinho