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segunda-feira, 28 de maio de 2012

COISAS DA VIDA


COISAS DA VIDA

Hoje, digito para meus prezados amigos e visitantes do meu causosdovovo.blogspot.com, a poesia do poeta matuto, Zé da Luz, além  de uma breve anedota, como direi: maneira nova de escrever anedotas velhas.Vamos à anedota: Falo de um amigo nosso que residia em um Sítio na periferia da cidade, que foi acometido de forte dor de dente, dessas que não tem Guaiacol que dê jeito. Dirigiu-se a pé para a cidade que distava apenas dois quilômetros e lá chegando, na Clínica, por falta de sorte, entrou na sala de um Urologista. Depois dos temperos de praxe, como nunca havia extraído um dente, aceitou sem protesto, o procedimento. Terminada a função e sem que o Profissional encontrasse qualquer coisa digna de nota, o Doutor perguntou: Meu prezado Cliente, que veio o senhor fazer aqui? Ói Dotô, eu vim aqui pru mode distrair um dente; O Médico então, meio aturdido com a resposta, questionou: então eu acesso o seu back-aro, faço pesquisa de 360 gráus e o Senhor não disse nada; Não disse porque? Oi Dotô, pregunta bem, eu num dixe, pruquê pensei qui o Sinhô tava percurando a Raí do dente!!! Vamos sem mais delongas para a poesia.
AS FLÔ DE PUXINANÃ – ZÉ DA LUZ
Três muié, ou três irmã,
Três cachôrra da mulesta,
Eu vi,num dia de festa,
No lugá Puxinanã.

A mais veia , a mais ribusta
Era mêrmo uma tentação!
Mimosa flô do sertão,
Qui o povo chamava Ogusta.

A segunda, a Guiléimina,
Tinha uns óio, ô qui mardição!
Matava quarqué cristão,
Os oiá dessa minina!


Os óio dela paricia,
Duas instrela tremendo,
Se apagando e se acendendo,
Im noite de ventania.

A tercêra era a Maróca,
Cum um coipo munto má feito,
Mais, porém, tinha nos peito
Dois cuscús de mandioca!

Dois cuscús, qui pru capricho
Quando ela passô pru eu,
Minhas venta se acendeu,
Com o chêro vindo dos bicho!

Eu inté me atrapaiava,
Sem sabê das três irmã,
Qui vi im Puxinanã,
Quá era a qui me agradava...

Iscuiendo a minha cruz,
Prá saí desse imbaráço,
Desejei morrê nos braço,
Da dona dos dois cuscús!!! 
 Baixinho.  

terça-feira, 22 de maio de 2012

MENINO, CALA-TE BOCA

Trago mais um causo verídico, que me foi narrado por um garoto nascido e criado na localidade Reis, onde o chefe da estação era aqui o Baixinho.
Dados do lugar: Linha férrea, de um lado a estação e o armazém; de fronte um desvio onde o bombeiro enchia os vagões-tanque com água para os hidrantes de outros lugares. Na quase linha do horizonte, uma mata, restos da Mata Atlântica, além da ruína do que foi outrora o engenho do rei. Além disso, pouco mais a frente da direita de quem está na estação, casa do cabo da turma, e do outro lado da linha, cinco casas dos cassacos da conservação da linha férrea, também o hidrante com a  bomba para a sucção da água que distava uns trezentos metros. De fronte do hidrante e em terreno pouco elevado, o famoso barracão da usina, objeto de nosso blog de hoje.
Estou na estação na prontidão de praxe quando um garoto de 12 ou 13 anos, esbaforido (Detefon seu nome) falou:
"Chefe, num sabe Joca Ticuqueiro, chegô lá no barracão de seu Mané Lira e tava cagano rega, dizeno qui tinha bêjado a fia de Zé Vito, nisso seu Mané Lira dixe: "Olha lá dobrando a esquina da cana tá chegando Zé Vito, aí Joca Ticuqueiro fei dum. Moral da história: Em boca fechado não entra mosca !

Vocubulário:

Ticuqueiro - trabalhador que tira "ticuca" que corresponde a "uma conta" ou "doze por treze braças", que é uma vara onde um homem alto, mede de chão à ponta do dedo de seu braço erguido;

Cagano rega - se pabulando;

Fei dum - evadiu-se, deu no pé, escafedeu-se;


Piojota - maneira como falavam da qualidade da cana POJ.

Esta última palavra do vocabulário, vem de uns versos que eles recitavam.

O povo de ingen do rei
já tão de perna torta
de alimpá doze pu treze
no pêlo da piojota

Baixinho

domingo, 20 de maio de 2012

PENSAMENTOS E POESIA


Tenciono deixar neste simplório, mas, ousado Blogger, uns poucos pensamentos e uma poesia do poeta paraibano, Augusto dos Anjos, que completa em 2012, um século do lançamento do livro de poesias de sua autoria, intitulado EU, fato que aconteceu no Rio, no ano de 1912.           
Pensamentos: “A tristeza de não ter vencido, é a vergonha de não ter lutado. – Rui Barbosa. 
Quanto mais eu conheço o ser humano, mais eu adoro os animais. –Brigite Bardot 
Título de livro: A difícil arte de ser bom. Padre Zezinho.


ÚLTIMO CREDO
Como ama o homem adulto o adultério
E o ébrio a garrafa tóxica de Rum,
Amo o coveiro – este ladrão comum
Que arrasta a gente para o Cemitério!

É o transcendentalíssimo mistério!
É o nous, é o pneuma, é o ego sum qui sum,
É a morte, é esse danado número um
Que matou Cristo e que matou Tibério

Creio como o filósofo mais crente,
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui...

Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular que eu ontem fui!


domingo, 13 de maio de 2012

Um bom entendedor



Numa pequena cidade da Caatinga Nordestina, um cidadão que era proprietário de uma Bodega, foi acometido de doença de olhos, daquelas brabas, que se amanhece com as pálpebras grudadas, sendo necessário, lavar com água morna, com uns pingos de limão. Sem poder trabalhar, foi até a Farmácia, comprar um remédio; examinando-o o Farmacêutico, disse nada de mais não, seu Ciríaco, isso aí, é Conjuntivite e o remédio, é colírio de Argirol, recomendando como usá-lo. Quando voltava da Farmácia, encontrou com o Clínico Geral, que trabalhava na Cidade, que o interpelou?”Que foi fazer na Farmácia, seu Ciríaco? Fui comprar um remédio para Conjuntivite nos olhos, ao que o Dr.Sinésio, coçando levemente a careca, comentou:”Seu Ciríaco, isto é um pleonasmo. Cumprimentos de passe bem e estimo sua melhora e até mais ver. Aí nosso personagem, ficou com macaquinhos na cabeça e chegando em casa, confidenciou para sua cara-metade” Que coisa, esses Doutores de hoje, cada qual tem um nome para a doença; no meu caso, um disse que é conjuntivite e o outro que é pleonasmo”.!!! Baixinho