COISAS DA VIDA
Hoje, digito para meus prezados
amigos e visitantes do meu causosdovovo.blogspot.com, a poesia do poeta matuto,
Zé da Luz, além de uma breve anedota,
como direi: maneira nova de escrever anedotas velhas.Vamos à anedota: Falo de
um amigo nosso que residia em um Sítio na periferia da cidade, que foi
acometido de forte dor de dente, dessas que não tem Guaiacol que dê jeito.
Dirigiu-se a pé para a cidade que distava apenas dois quilômetros e lá
chegando, na Clínica, por falta de sorte, entrou na sala de um Urologista.
Depois dos temperos de praxe, como
nunca havia extraído um dente, aceitou sem protesto, o procedimento. Terminada
a função e sem que o Profissional encontrasse qualquer coisa digna de nota, o
Doutor perguntou: Meu prezado Cliente, que veio o senhor fazer aqui? Ói Dotô,
eu vim aqui pru mode distrair um dente; O Médico então, meio aturdido com a
resposta, questionou: então eu acesso o seu back-aro, faço pesquisa de 360
gráus e o Senhor não disse nada; Não disse porque? Oi Dotô, pregunta bem, eu
num dixe, pruquê pensei qui o Sinhô tava percurando a Raí do dente!!! Vamos sem
mais delongas para a poesia.
AS FLÔ DE PUXINANÃ – ZÉ DA LUZ
Três muié, ou três irmã,
Três cachôrra da mulesta,
Eu vi,num dia de festa,
No lugá Puxinanã.
A mais veia , a mais ribusta
Era mêrmo uma tentação!
Mimosa flô do sertão,
Qui o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guiléimina,
Tinha uns óio, ô qui mardição!
Matava quarqué cristão,
Os oiá dessa minina!
Os óio dela paricia,
Duas instrela tremendo,
Se apagando e se acendendo,
Im noite de ventania.
A tercêra era a Maróca,
Cum um coipo munto má feito,
Mais, porém, tinha nos peito
Dois cuscús de mandioca!
Dois cuscús, qui pru capricho
Quando ela passô pru eu,
Minhas venta se acendeu,
Com o chêro vindo dos bicho!
Eu inté me atrapaiava,
Sem sabê das três irmã,
Qui vi im Puxinanã,
Quá era a qui me agradava...
Iscuiendo a minha cruz,
Prá saí desse imbaráço,
Desejei morrê nos braço,
Da dona dos dois
cuscús!!!
Baixinho.